Realmente é verdade e triste como vemos princípios sendo desmoralizados e sendo invertidos pela sociedade. Há pouco tempo publiquei um texo de título 'O mal não assusta' onde comentava sobre como alguns programas e situações faziam com que o mal entrasse em nossos lares e em nossas vidas. E esse filme é mais um exemplo de como isso acontece.
Um caso extremamente recente é o filme que acabou de estrear nos cinemas: 'Bruna Surfistinha' que relata a vida de uma garota de programa, que além do seu serviço não ter moral nenhuma, ela ainda divulgava em um blog dando notas a seus clientes.
Não assisti o filme e nem vou assistir... Por causa disso não o comentarei. Mas devido ao assunto e à uma coluna que li num jornal regional recentemente, gostaria de colocar a íntegra de uma coluna do jornalista Danilo Okamotto do Jornal Repórter Diário, da região do Grande ABC - São Paulo. Não é uma coluna de cunho religioso, mas uma opinião de alguém que defendo os príncipios da família. Leiam:
Protesto contra o filme Bruna Surfistinha
"Muito me incomoda a forma com que a mídia dá visibilidade a certos produtos efêmeros.
Na sexta-feira (25/02), estreou o filme Bruna Surfistinha, contando a história de uma jovem paulistana de classe média que optou por deixar a casa dos pais com 18 anos e se tornar garota de programa. O filme mostra claramente que a jovem prosperou em sua decisão. Pouco a pouco foi galgando mais clientes; saiu de um bataclã e foi para um flet de luxo no centro nobre de São Paulo; com criatividade criou e alimentou um blog falando sobre os seus expedientes e a performance dos clientes que a remuneravam pelos seus serviços.
De forma explicita o filme mostra que qualquer garota pode seguir o mesmo caminho. Se encontrar na vida, ter sucesso, fama e dinheiro vendando o próprio corpo. Quantos abortos essa “dama” não fez? Quantas vezes não foi agredida? Por que o filme não mostra isso? Quais os valores de vida, de mulher, de família, são apresentados com este filme? O que se espera depois de assisti-lo? Que outras jovens de tornem prostitutas embaladas pelo glamour ostentado de Bruna Surfistinha?
Adorno e Horkheimer criaram o termo indústria cultural durante a década de 40 do século passado, em meio ao pânico gerado pela segunda guerra mundial. Creio que não seja saudosismo citá-los uma vez que o filme Bruna Surfistinha e a própria ascensão desta “dama” na mídia é uma demonstração que seus conceitos ainda estão em voga. Esta mulher só teve espaço na televisão aberta quando escreveu seu livro porque traz consigo o tabu do sexo, e a mídia usada por ela (editora de livros, emissora de televisão) precisa desse tipo de conteúdo alienante para se sustentar, jogam no ar e as pessoas consomem, e mitificam, porque há toda uma estratégia de marketing por trás que quer exatamente isso, um consumo diletante, irracional e banal.
As bases de família dessa moça são claramente evidenciadas no filme que não existem. A falta de diálogo entre pais e filha perdura até agora. E claro está que é esse alicerce mal colocado, juntamente com um certo “gosto pela coisa”, levou a sua degradação.
Gostaria muito que o Ministério da Cultura oferecesse esses mesmos 4 milhões para um filme sobre Cornélio Pires ou Tonico e Tinoco, personagens fundamentais da literatura e da música caipira, da música brasileira, respectivamente. Gostaria que existissem mais rigor e fiscalização no uso das concessões públicas por emissoras de televisão e rádio. Gostaria que meus colegas jornalistas, radialistas, publicitários se colocassem contra este filme e a proliferação da história dessa meretriz, e que não recomendassem ao público a assistir, pelo contrário que fomentem um debate crítico sobre o assunto. A mídia precisa parar de enaltecer figuras rampeiras miseráveis de conteúdo e de moral."
*Danilo Okamotto e radialista, publicitário, especialista em Mídia e Comunicação pela UNIP e Especialista em História pela Fundação Santo André.
Publicação do Jornal Repórter Diário
Fonte: Blog da Cruz Vazia
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