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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Infidelidade conjugal, tô fora !!!





INTRODUÇÃO


Infidelidade não é assunto novo; não é exclusivo de nossa sociedade moderna e nem da liberalidade sexual do século XX.


Em todas as épocas da história do homem e em todas as culturas, fidelidade no casamento tem sido aceito por uns e rejeitado por outros.


Há duas formas, portanto, de se encarar o casamento:


Uma, é olhar a fidelidade ao cônjuge como opção, podendo ser descartada quando de interesse próprio.


A outra é uma posição absoluta, um compromisso de vida, até que a morte os separe. O mundo nos ensina a adotarmos a primeira opção, mas Deus, porém nos indica a segunda. O futuro de nossos casamentos, bem como, de nossas próprias vidas, dependerá de qual das duas posições assumirmos.


Deus refuta qualquer argumento a favor da infidelidade. Deixou isso bem claro em Pv. 5.15-18.
Também a sociedade nos apresenta quatro sedutores argumentos, os quais não passam de verdadeiras mentiras; mas é bom lembrarmos, pois moramos nesta sociedade. Veja o que ela nos diz:


1- A liberação sexual é que torna o casamento feliz, realizado e maduro.


Mas, o que ocorre, na realidade, é bem o contrário. Quando os cônjuges se amam e outro comete adultério, nenhum dos dois se sentirá mais feliz realizado e muito menos, o amor entre ambos será amadurecido. O que fica é: amargura, solidão, sentimento de rejeição e ódio.


2- A realização pessoal deve ser prioridade em sua vida.


2.1- Se o seu cônjuge não é o que você esperava que fosse você tem o direito de descartar-se dele e aventura-se em outras pastagens.


Deus atira pela janela esse tipo de argumento ao dizer em Filipenses 2.3. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um aos outros superiores a si mesmo. Ele quer dizer que precisamos colocar as necessidades de nossos cônjuges antes da nossa.


3- Ser fiel não é saudável, cria insegurança e mina a auto confiança de cada um dos parceiros.


Uma das situações que mais corrói a autoconfiança e abala a segurança de alguém é a infidelidade. Tanto para quem trai quanto para quem é traído- Pv. 3.7 e 8.


4- As conseqüências da infidelidade na família são temporárias e , após esse tempo, todas as coisas voltam a se encaixar e a vida prossegue normalmente.


Uma vez que a infidelidade atinja um lar, nenhum de seus membros continuará a ser o mesmo. A infidelidade destrói vidas e deixa cicatrizes permanentes. Pv. 5 nos mostra que a infidelidade termina em amarguras, perda, dor e até em morte.


Os laços do compromisso no casamento foram estabelecidos por Deus para nossa felicidade e não para nossa tristeza. Ele nos fez e sabe, melhor do que ninguém, como a infidelidade nos afeta mental, espiritual e emocionalmente.


Não existe nenhuma cola mágica que possa colar um casamento após um vendaval de infidelidades. Mas existe um Jesus que pode. Ele perdoou a Davi, perdoa você também. Basta levarmos a ele os pedaços que restaram; e Ele fará um vaso novo.


II- Caminhos de infidelidade:


1- Decepção- Quando um dos dois chega á uma conclusão de que aquela expectativa do óbvio não está sendo atendida;


2- Desilusão- Descobre-se que o relacionamento não tem um dispositivo automático para o sucesso e que nem tudo é como a gente quer;


3- Desinteresse- Quando um dos dois percebe que as perspectivas de mudanças são remotas e o casamento só, não é a fonte das experiências mais ricas. Acontecem nessa fase o distanciamento emocional do cônjuge e o aparecimento do(s) amante(s).


4- Indiferença- Quando os cônjuges chegam ao ponto de buscarem satisfação em outros mananciais que não um no outro. Já não se importa mais a que horas o marido chegou, onde a esposa passou à tarde, etc...


5- Aversão- Quando um dos dois marca hora com o pastor ou advogado.


A primeira coisa que devemos nos lembrar é que o 1º degrau para baixo foi o comportamento inadequado de um dos cônjuges. Ex: aquela frase, fatos e circunstâncias que magoaram tanto, deixando marcas profundas, etc...


As mágoas, com o passar do tempo elas se solidificam, tornando-se mágoas sossegadas, e mesmo que haja uma mudança de comportamento não chega a apagar as marcas deixadas para trás.


Devemos, portanto, fazer uma avaliação de nosso casamento, constantemente.


III- Avaliação do Casamento


Muitas pessoas prudentes fazem um checape (chek-up) de saúde por ano a fim de combater possíveis problemas. Os cristãos também estão sempre avaliando suas vidas espirituais. Proprietários de carros também fazem, regularmente, uma revisão. Mas o casamento que tanto tem a ver com a felicidade ou desgraça das pessoas, é frequentemente deixado de lado, é quando ocorre de ser avaliado, geralmente é precipitado por uma crise que ameaça sua estabilidade. Preferimos ignorar o desenvolvimento de rachaduras no casamento, o que na realidade são evidências de nossas carências emocionais.


Como seria essa avaliação do casamento?


- Seu cônjuge recebe mais carinho do que críticas?


- Seu tempo de lazer é aproveitado para estarem juntos?


- Vocês são capazes de gastar algum tempo só para os dois?


- Os desentendimentos são contornados sem guardar rancores?


- Há um relacionamento nas tarefas domésticas?


- Existe em seu relacionamento um bom equilíbrio em relação ao dinheiro, sexo, trabalho, etc...


- Sua vida sexual está causando satisfação a ambos?


- Um dos dois está se envolvendo com alguém fora do casamento?


- Você se sente desejado, amado e respeitado?


- No seu relacionamento está faltando alguma coisa que você julga necessário?


- Você não está fazendo cobranças mais do que seu cônjuge possa dar?


- Algumas coisas são necessárias para a retomada de um relacionamento a dois


- É necessário que os cônjuges tenham uma firme convicção acerca do plano de Deus para a sua vida conjugal e que, antes de se encararem como cônjuges, encarem-se como Cristão. Deus será chamado novamente a participar nesta restauração.


- Só existe relacionamento de troca quando os envolvidos têm o que trocar entre si. Quando o relacionamento conjugal vai empobrecendo, os cônjuges entram no mesmo processo. O razoável nesta fase é que um dos dois comece a cuidar de si mesmo, auto-avaliar-se, avaliar o relacionamento, ganhar uma visão objetiva do outro e traçar os caminhos de ajuda e do investimento no próprio relacionamento.


- Se Deus vai agir nesse relacionamento, ele precisa de uma porta de entrada, seja para permanência ou não do relacionamento. Deus também pode lhe ajudar a dar a volta por cima, o que permitirá que o outro olhe para trás e veja que pessoa maravilhosa que ele (a) perdeu.


- A idéia do adultério começa como uma sugestão diabólica germina semente e termina com vidas destruídas por aquele que veio matar, roubar e destruir.


IV- Um caso extraconjugal
Nenhum bom crente se levanta de manhã e diz: “Puxa, que dia lindo! Vou cometer adultério!” Não obstante, há muitos que o fazem. (Florence Littauer)


a) Como um caso aparece
b) O que faz com que continue
c) Quais as suas conseqüências
d) E quem são as vítimas


a) Os casos não começam num piscar de luzes vermelhas de advertências. O dia não começa com sol enegrecido, nem com uma intranqüilidade interior, ou uma voz que diga: “reforcem suas defesas, a tentação está chegando”. Temos o exemplo na Bíblia de Davi com Bete Seba e José com a esposa de Potifar. Nenhuns dos dois estavam com o pensamento de adulterar, mas foram pegos de surpresa.


Quem era Davi; - um rei com 39 anos de idade


- homem segundo o coração de Deus
- estava vindo de um período de prosperidade e fama, onde havia destruído muitos inimigos
- havia recebido a promessa de Deus de que sua família governaria o seu povo para sempre
- acabara de restaurar as propriedades de Saul
- havia acolhido para morar no palácio o filho de seu amigo Jônatas
- dançou em frente da arca e de todo o povo, em agradecimento a Deus, etc...


Dificilmente Davi seria um candidato a um desastre pessoal, a uma terrível cadeia de eventos desencadeados como: adultério, engano, gravidez, homicídio, tragédia familiar e juízo de Deus.


Quem era Bete-Seba - Mulher bela com 19 anos de idade, sem filhos
- casada com um amigo do rei Davi, homem de sua confiança
- seu marido era militar e estava à frente da batalha para conquistar novos territórios para o Rei.


Mas ambos caíram na armadilha preparada pelo inimigo de Deus: a tentação. Quando se dá lugar á tentação, ela se instala e começa o ciclo para alcançar os seus objetivos, a tentação apela para o desejo; desejo cria a fantasia incendeia os sentimentos e; os sentimentos clamam por ação. Agora começa a luta, a luta com suas fantasias, a sua carne, a sua fé e o seu futuro.


b) Quando não há nenhuma hesitação, nenhuma espera consideração, medição de conseqüências ou desistências. Não se consegue ver além daquele momento, fora cegado pela paixão.


- Começa a conquista:
- quem é ele (a)?
- onde mora?
- o que faz?
- onde trabalha? Etc...
Foi o que aconteceu com Davi que chamou o seu servo e perguntou: quem é ela? Ele respondeu: ela é Bete-Seba, a esposa de Urias, seu servo.


c) Ocultamento: durante dias e anos as coisas pareceram continuar como antes.


- Pessoa que tem reputação e integridade agora recorre a todo tipo de engano para salvar a pele;
- viver uma mentira torna-se fácil o desencadeamento de outras mentiras;
- a estratégia é a mesma: protege-se, culpam os outros, elimina as evidências.


d) Um caso extraconjugal que tem continuidade sempre necessita de sacrifício:


- Davi matou Urias, ou mandou matar o esposo da amante;
- o filho de Bete-Seba morreu;
- Tamar, sua filha, foi violentada por seu irmão Amom;
-Amom foi morto pelo irmão Absalão;
-Absalão conspirou contra o pai e foi morto numa emboscada.


V- Sinal de alerta


As coisas não aconteceram simplesmente, toda ação tem uma causa. Ex: A febre é a manifestação de uma infecção... Um grito de alerta ao organismo.


Em muitos casos, a infidelidade conjugal é um sinal da necessidade de ajuda, advertência de que alguém está sofrendo, que suas necessidades não estão sendo supridas.


O ser humano enquadra-se em três categorias gerais:


1) Imaturidade emocional – geralmente desencadeada na adolescência, onde se enfrenta os períodos mais traumáticos da vida; o da identidade pessoal, essa imaturidade é refletida no casamento, são pessoas de 40 ou 50 anos com comportamento de adolescente.


2) Conflitos não resolvidos- os conflitos são inevitáveis. Ex: dinheiro, filho, genro, estafa, parentes, hábitos, etc.. Tudo isto e mais são os causadores. Nesta situação para que um casamento sobreviva e prospere, precisa haver negociação, transigência e aceitação. O que é importante para um pode não ser para o outro.


3) Necessidades insatisfatórias- quando as necessidades não são satisfeitas, está aberta a porta para a infidelidade- outra pessoa que satisfaça essas necessidades.
Geralmente a pessoa necessitada clama para quem esta ao seu redor:


- satisfaça minhas necessidades!
- ouçam-me!
- amem-me!
- entendam-me!
- cuide de mim!


Estamos numa casa vivendo juntos, mas não conseguimos suprir as necessidades do outro.


Temos cinco necessidades básicas que um cônjuge pode satisfazer:


1) Atenção: O ser humano precisa que lhes dê atenção, fazer com que se sinta que tem um valor.


2) Aceitação: Toda pessoa tem uma necessidade profunda de ser aceito pelo seu valor individual.


3) Afeição: São as coisas dão brilho ao namoro e ao começo do casamento, como beijar, abraçar, dar as mãos, carinhos, etc.,mas no casamento são guardados no guarda-roupa junto com o vestido de noiva.


4) Admiração: O louvor verbal nutre o relacionamento. Marla Twain disse: “eu posso viver dois meses sustentada por um elogio”. Um bom elogio pode fazer com que a pessoa volte a sonhar e crer em suas capacidades, devolver o brilho dos olhos e vibração do coração.


5) Atividades: Muitos casamentos já caíram na rotina, se tornaram chatos e sem motivação.


Nenhuma pessoa pode suprir todas as necessidades do outro. Algumas são supridas por outros, outras pelas nossas vocações e ainda outras, somente por Deus. Porém, da mesma forma que ninguém ocupa o lugar de Deus, Deus também não ocupa o lugar do cônjuge.


VI- Há possibilidade de renovar e ressuscitar um casamento?


Se o casamento entrou no estágio de esquecimento ou talvez já tenha morrido, o caminho não é a infidelidade, devemos avaliar e tentar o caminho rumo à reconciliação. Como?


a) renove os compromissos que fez no dia do casamento. Deus é testemunha da aliança que foi feita, Ele esteve presente na sua festa de casamento. Os laços do matrimônio não são laços de fitas que amarram presentes, eles são “laços de aço”, forjados pelo calor através das crises, conflitos e pela confirmação constante dos compromissos e votos do casamento.


O profeta Malaquias olha com cuidado para o lar judeu do seu tempo e descreve para nós a frieza do amor no lar- Mal. 2. 10 a 16. Em nossa época onde o casamento está perdendo seu valor devemos também fazer o mesmo questionamento.


Resumindo Malaquias quer enfatizar que a base para qualquer casamento é espiritual. Nosso relacionamento com Deus determina nosso relacionamento com nosso cônjuge. Por esse motivo, não se pode ser um péssimo cônjuge e um bom servo de Deus.


b) Esteja pronto para investir em seu casamento. Marido e mulher deveriam sempre fazer esta pergunta: “Será que isto que vou fazer, dizer ou pensar vai nos unir ou separar?”


Quando o marido e mulher não conseguem mais viver juntos nós descrevemos como incompatíveis. Mas houve uma época em que vocês foram compatíveis.


A razão que os levaram ao casamento “até que a morte os separe” é que se julgavam irresistíveis um ao outro.


Por exemplo: -“querida não posso viver sem você”. Irresistível


- “Não posso viver mais com você”. Incompatível


c) Não caminhe, corra! São muitos os passos existentes entre os votos e o adultério. Aquele que dentre nós desejarmos permanecer puro deve examiná-los, enxergá-los como realmente são e evitar que, porventura, venha acontecer- II Tm. 2.22.


Devemos fugir por quê?


Porque nossa natureza não está equipada para resistir a esse tipo de tentação- Ex. 20.14; Mt. 5.28.


Devemos tomar precaução e começar a levantar cercas de proteção.


d) Construindo cercas de proteção:


- manter-se afastado da pornografia, em vez de fingir que a despreza admitir que seja algo sedutor.


- evitar ficar a sós com o sexo oposto em longos papos;


- sempre que possível, andar com o cônjuge;


- conduzir fotos do cônjuge e dos filhos;


- se possível, evitar caronas quando estiver sozinho (a);


- evitar o olhar com a motivação de cometer adultério-Rm. 7.15 a 18.


Conclusão


De alguma forma, de algum jeito, nós que temos sido fieis para com nossos cônjuges precisamos fazer algo que nos possibilite a continuarmos assim.


É hora do verdadeiro povo de Deus se levantar contra a prostituição familiar... Dar um grito de “basta” à pornografia e sexo barato. Levantar um exército aguerrido para proteger os preceitos de Deus, para proteger as famílias que estão morrendo.


Voltemos os olhos para Jesus e tenhamos coragem de dizer que pagaremos o preço de não vivermos segundo as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus-I Pe. 4.2.


Construamos nossa arca, assim como Noé, para que em chegando a grande chuva possa ser achada em perfeita proteção.


Mas se você, por algum motivo, foi infiel não se desespere, apele para um Deus vivo que tanto pode. Corra para os seus braços porque Ele tem remédio para sua doença- Jô. 8.32. Ele nos diz: se alguém está em mim, nova criatura é as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo- II Cor. 5.17. Comece nova vida... Perdoe, o perdão é necessário. Sem praticá-lo não podemos ser receptáculo de bênção para repartir com os outros.




Que Deus, em Cristo Jesus, nos abençoe.






Fonte: Ubirajara Almeida

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