Salomão escreveu: Segundo a Tradição Judaica ele escreveu Cantares quando jovem, Provérbios, quando estava na meia-idade, e Eclesiastes, no final da vida. O declínio espiritual de Salomão, a sua idolatria e a sua vida extravagante, deixaram-no por fim desiludido com os prazeres desta vida e o materialismo, como caminho da felicidade.
Seu propósito principal ao escrever Eclesiastes foi em compartilhar com o próximo, especialmente com os jovens, antes de morrer, seus pensamentos e seu testemunho, afim de que outros não cometessem os mesmos erros que ele cometera.
Embora os jovens devam desfrutar da sua juventude, o mais importante é que se dediquem ao seu Criador e decidam temer a Deus e guardar os seus mandamentos. Esse é o único caminho que dá sentido à vida.
Iremos definir dois tópicos muito importantes: SEMENTE e COLHEITA
- Semente: s.f. 1 Grão de cereais que se lança na terra para que germine. 2 Qualquer grão ou substância que se semeia.
- Colheita: s.f. 1 Ação de colher os produtos agrícolas. 2 Conjunto dos produtos agrícolas de um ano. 3 P. ext. Aquilo que se colhe, que se ajunta.
Ao inciar devemos entender que o texto do pregador nos relata que devemos ter fé e confiança nos negócios dos tempos antigos.
Naquela época, os navios que safam em rota comercial demoravam-se muito; havia grande espera antes de qualquer lucro. Entretanto, os bens do comerciante tinham de ser confiados aos navios. A frota de Salomão trazia "ouro, prata. marfim bugios e pavões" (1 Rs 10:22), e partia uma vez cada três anos.
De modo semelhante, o Pregador convoca seus leitores a assumir a vida como vinda das mãos de Deus gozando-a, a despeito das provações e perplexidades. Tal tipo de vida contém os elementos de confiança e aventura (lança o seu). exige entrega total (visto que o teu pão é empregado no sentido de "bens", ''mantimentos'', como em Dt 8:3; Pv 31:14) e nos dar uma expectativa, uma recompensa que requer paciência (depois de muitos dias).
O pregador ainda nos relata que temos que ter um entusiasmo, e a dedicação ao comércio. Os investimentos dele deverão ser tão amplos quanto sua prosperidade o permitir.
Ele está interessado, agora, em que o sábio faça um investimento total na vida de fé. As temos que ter uma urgência, pois não sabemos quando vai nos abater uma adversidade sobre a terra e os negócios.
Assim, o negociante há de ser zeloso com respeito a seus negócios, porque a impossibilidade de prever os eventos poderá impedir que no futuro haja oportunidade de usar o zelo.
Nos dias que que vivemos não é diferente, os negociantes no seu investimentos, ele espera receber um lucro.
Ex: Bolsa de valores, câmbios, investimentos nos seu funcionários etc.
Nos versículo 2 (Reparte com sete, e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra).
O Pregador mais uma vez nos adverti que os “costumes dos mestres de cerimônias de levar porções diante deles, servindo-as a diferente convidados, à mesa”, (Gn 43:34), "ou da prática de distribuir-se gratuitamente porções aos pobres, em ocasiões festivas (Ne 8:10).
V. 3 - Estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre a terra, e caindo a árvore para o sul, ou para o norte, no lugar em que a árvore cair, ali ficará.
Não se pode controlar a natureza; portanto, preparai-vos para o pior (Delitzsch).
Amados, na agricultura o comerciante tem muito riscos, a chuva - vento - vento - chuva.
1º quadro: é de tempestade com chuva pesada e vento forte.
2º quadro: parece referir-se a uma árvore desarraigada. O tema não é que a árvore não poderia ser removida. mas que sua queda não poderia ter sido antecipada.
Desta forma, a queda repentina da árvore contrasta com o ajuntamento de nuvens tempestuosas, que podem ser observadas com apreensão.
APLICAÇÃO: a humanidade não pode controlar as dificuldades da vida, mesmo quando estas são antecipadas, e porque freqüentemente eventos inesperados sobrevêm.
V. 4 - O Pregador adverte, a ação, usando, uma ilustração da vida agrícola. O fazendeiro enfrenta diversos tipos de dificuldade, não podendo esperar uma ocasião mais propícia para lançar a semente. “A falta de informações completas não é desculpa para a inatividade” (Jones).
V. 5 – A melhor interpretação:
"Assim corno você não sabe o caminho do vento. nem como os ossos se formam no útero...” (adotada pela RV e NIV);
Neste ponto, em seu apelo final, o Pregador insiste simplesmente num fato: certos aspectos das obras de Deus, na terra, desafiam-nos e permanecem sem explicação.
V 6 - O Pregador tira suas conclusões. Se não estivermos certos a respeito de qual. esforços produzirão resultados proveitosos a abordagem correta da vida será entregar-nos a responsabilidades à muito, e aguardar o fluxo de acontecimentos. A vida de fé que conduz à alegria e satisfação não proporciona conhecimento infalível do futuro. O Pregador dispõe de uma doutrina da providencia, a qual não é uma "constante calma e isenta de tensão" .
De modo negativo, o Pregador prevê alarme, advertindo-nos quanto à nossa ignorância e às dificuldades que virão; de modo positivo, ele nos encoraja à diligência infatigável.
O versículo todo é uma ilustração tirada da agricultura; As preposições do hebraico, melhor traduzidas por "pela manhã. .. até à tarde" referem-se simplesmente ao trabalho que se fez durante um dia inteiro (if. SI 104:23).
Em Mateus 13.13, lemos: "Eis que o semeador saiu a semear...".
Quero que você tenha a consciência de que é um SEMEADOR. Um semeador que Deus está preparando para algo muito grande.
Observe:
Deus compara-se a um semeador:
"Semearei a casa de Israel e a casa de Judá com a semente de homens e com a semente de animais" (Jr 31:27). Que persistente e abundante ele é! Tanto no reino natural como no espiritual, Deus opera majestosamente só; e como semeador, é infatigável em sua tarefa.
Cristo é também um semeador.
O Mestre compara-se e proclama-se O Semeador. Ele não veio "do depósito da infinita beneficência, sabedoria e vida, para semear nessa terra sementes vivas da verdade, santidade e gozo - sementes da lei que produzirão convicção, e sementes do evangelho que produzirão gratidão compreensiva, gozo e amor?" Ele não surgiu como o grande Mestre, o Apóstolo divino do evangelho?
O Espírito Santo é um semeador.
É ele quem inspira os semeadores, e rega a semente plantada. "O Espírito, como o vento, sopra onde quer, e cada fôlego do Espírito divino é uma Palavra de Deus". Semeando para o Espírito, sabemos o que é ter o nosso espírito tocado e estimulado, para espalhar a semente. Desde que Cristo, o Semeador divino, ascendeu ao céu, pelo seu Espírito, ele continua seu ministério por meio de seus filhos redimidos".
Todo cristão deve ser um semeador.
Ao comissionar os seus, Cristo falou dos corações dos homens como um campo, e seu evangelho como a semente a ser espalhada por toda parte. "Ide, e fazei discípulos de todas as nações" (Mt 28:19,20; Mc 16:20). O que ele começou a ensinar, seus apóstolos deram continuidade (At 1:1).
É também privilégio e obrigação de todos que são de Cristo agir como semeadores.
Aliás, em comparação com a vastidão do campo, os semeadores são poucos! Nosso Pai celestial, o Agricultor, exortanos a orar, para que ele envie mais semeadores ao seu campo. Todos, não apenas pregadores e professores, podem ser semeadores.
O maior serviço que qualquer cristão pode realizar, é semear a boa semente da Palavra, pela da vida, pelos lábios e pela literatura. Palavras e ações são sementes que caem no solo dos corações.
O Semeador vai lançar a semente, qual a semente?
A semente a ser semeada, é apresentada de duas maneiras, a saber: "a palavra do reino" (Mt 13:19) e "a palavra de Deus" (Mt 5:19; Lc 8:11). Todas as sementes devem ser semeadas.
O Semeador vai encontrar solos difíceis,mais não pode desistir.
4 TIPOS DE SOLOS.
A atenção é focalizada não no semeador ou na sua semente, mas no solo e sua reação à semente plantada.
1. Ouvinte à beira do caminho, ou o ouvinte com a mente fechada.
Esse tipo recebe a semente pelo ouvido, mas não a deixa frutificar. A semente está na superfície e não sob o solo. Temos aqui uma superfície dura, destituídos de percepção espiritual. Tais podem ser religiosos e assíduos à igreja, mas a verdade recebida nunca satisfaz a alma, com um temor profundo. A verdade foi "pisada" pela "roda dos negócios e dos prazeres". Não toma posse, porque o coração é como uma rodovia cuja superfície é dura, e nada pode marcá-la. A semente não pode penetrar e germinar; então é comida pelas "aves", agentes do "maligno". A verdade não tomou posse, pois a dura crosta da negligência impediu a sua recepção. Quando a Palavra é entendida e recebida pela fé, fica fora do alcance de Satanás.
2. Ouvinte do terreno pedregoso, ou o ouvinte com a mente emocional.
A semente é recebida, mas não cria raízes. A semente foi lançada ao solo, está no solo, mas não está sob o solo. Temos aqui uma pessoa entusiasmada, bem conhecida daqueles que pregam o evangelho. Sua adesão à verdade é apenas superficial; e sua fé, muito frágil. Tais pessoas não sabem o que é nascer de novo pela semente incorruptível. "Não têm raiz em si mesmas". As impressões são transitórias, e quando surgem tentações e perseguições, logo se desviam. Faltam-lhes a profundidade na fé e no caráter. E significativo que um caráter superficial esteja conectado ao coração endurecido.
O lugar pedregoso era onde havia apenas uma fina camada de terra, e abaixo dessa camada era pedra dura e impenetrável. Há muitos desses corações pedregosos nas igrejas. Que bênção seriam eles se fossem profundos!
3. Ouvinte do terreno espinhoso, ou o ouvinte com a mente inconstante.
Nesse caso a semente lançou raízes mas não produziu frutos. A semente caiu ao solo, está no solo e sob o solo, mas não germina. E sufocada e tipifica a pessoa preocupada. A semente se apossa, mas essa posse é disputada por um tríplice antagonismo. São permitidas forças contrárias à natureza da semente.
Os cuidados desse mundo sufocam. Uma atenção ansiosa e inquietante aos negócios dessa vida presente sufoca a semente. Uma lista de interesses legítimos passa a dominar a vida, em que a religião é apenas mais um departamento de uma vida profundamente dividida.
A sedução das riquezas.
Nesse caso, são as riquezas acumuladas como fruto de cuidados mundanos e ansiedade. Cristo não diz que cristãos prósperos não produzem frutos, mas que não produzem com perfeição (Lc 8:14). "Quão dificilmente entrarão no reino dos céus os que confiam nas riquezas".
As demais ambições. Essa expressão pode ser traduzida por "prazeres desta vida". Prazeres inocentes em si mesmos, os quais a prosperidade mundana proporciona a quem a ela se entregar, e sufocam a semente. Gasta-se muito tempo com os prazeres, e só poucas horas para as coisas espirituais. No começo da fé cristã houve crescimento e a promessa de fruto, mas outras preocupações impediram que os frutos amadurecessem.
4.O Ouvinte da Boa terra, ou o ouvinte de mente firme e compreensiva.
Por ter raízes profundas, houve muito fruto. A semente estava no solo, sob o solo, dentro do solo e acima do solo. A semente apossou-se por completo. Penetrou em toda a alma e encheu a mente, o coração, a consciência e a vontade. Quando a Palavra é recebida, entendida e obedecida, produz fé segura em Cristo, e serviço que glorifica a Deus e beneficia aos outros. Esse último solo é o reverso dos outros três. Por isso, a semente lança raízes, não perde facilmente a umidade, e então a seiva e a energia dão vida à planta que, subseqüentemente, cresce.
A semente produz fruto, na proporção em que é permitida possuir o "coração honesto e bom" (Lc 8:15). Se a semente produz fruto com "paciência", ou continua "perseverando até o fim", em contraste com as que "sufocaram" a Palavra, então a semente semeada cumpriu sua missão.
Onde estão os semeadores desta igreja?
Vai encontrar os 4 tipos de solos.
Mas não tenha medo pois o Senhor é contigo.
Que Deus te abençoe!
Ministro Carlos Carvalho
Autor: Pr Jonas Neto
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