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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Minha semente é boa ou má?


“Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas serão igualmente boas”. Ec 11:6

Salomão escreveu: Segundo a Tradição Judaica ele escreveu Cantares quando jovem, Provérbios, quando estava na meia-idade, e Eclesiastes, no final da vida. O declínio espiritual de Salomão, a sua idolatria e a sua vida extravagante, deixaram-no por fim desiludido com os prazeres desta vida e o materialismo, como caminho da felicidade.

Seu propósito principal ao escrever Eclesiastes foi em compartilhar com o próximo, especialmente com os jovens, antes de morrer, seus pensamentos e seu testemunho, afim de que outros não cometessem os mesmos erros que ele cometera.

Embora os jovens devam desfrutar da sua juventude, o mais importante é que se dediquem ao seu Criador e decidam temer a Deus e guardar os seus mandamentos. Esse é o único caminho que dá sentido à vida.

Iremos definir dois tópicos muito importantes: SEMENTE e COLHEITA
- Semente:  s.f. 1 Grão de cereais que se lança na terra para que germine. 2 Qualquer grão ou substância que se semeia.

- Colheita: s.f. 1 Ação de colher os produtos agrícolas. 2 Conjunto dos produtos agrícolas de um ano. 3 P. ext. Aquilo que se colhe, que se ajunta.

Ao inciar devemos entender que o texto do pregador nos relata que devemos ter fé e confiança nos negócios dos tempos antigos.

Naquela época, os navios que safam em rota comercial demoravam-se muito; havia grande espera antes de qualquer lucro. Entretanto, os bens do comerciante tinham de ser confiados aos navios. A frota de Salomão trazia "ouro, prata. marfim bugios e pavões" (1 Rs 10:22), e partia uma vez cada três anos.

De modo semelhante, o Pregador convoca seus leitores a assumir a vida como vinda das mãos de Deus gozando-a, a despeito das provações e perplexidades. Tal tipo de vida contém os elementos de confiança e aventura (lança o seu). exige entrega total (visto que o teu pão é empregado no sentido de "bens", ''mantimentos'', como em Dt 8:3; Pv 31:14) e nos dar uma expectativa, uma recompensa que requer paciência (depois de muitos dias).

O pregador ainda nos relata que temos que ter um entusiasmo, e a dedicação ao comércio. Os investimentos dele deverão ser tão amplos quanto sua prosperidade o permitir.

Ele está interessado, agora, em que o sábio faça um investimento total na vida de fé. As  temos que ter uma urgência, pois não sabemos quando vai nos abater uma adversidade sobre a terra e os negócios.

Assim, o negociante há de ser zeloso com respeito a seus negócios, porque a impossibilidade de prever os eventos poderá impedir que no futuro haja oportunidade de usar o zelo.

Nos dias que que vivemos não é diferente, os negociantes no seu investimentos, ele espera receber um lucro.

Ex: Bolsa de valores, câmbios, investimentos nos seu funcionários etc.

Nos versículo 2 (Reparte com sete, e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra).
   
O Pregador mais uma vez nos adverti que os “costumes dos mestres de cerimônias de levar porções diante deles, servindo-as a diferente convidados, à mesa”, (Gn 43:34), "ou da prática de distribuir-se gratuitamente porções aos pobres, em ocasiões festivas (Ne 8:10).

V. 3 - Estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre a terra, e caindo a árvore para o sul, ou para o norte, no lugar em que a árvore cair, ali ficará.

Não se pode controlar a natureza; portanto, preparai-vos para o pior (Delitzsch).

Amados, na agricultura o comerciante tem muito riscos, a chuva - vento - vento - chuva.

1º quadro: é de tempestade com chuva pesada e vento forte.
2º quadro: parece referir-se a uma árvore desarraigada. O tema não é que a árvore não poderia ser removida. mas que sua queda não poderia ter sido antecipada.

Desta forma, a queda repentina da árvore contrasta com o ajuntamento de nuvens tempestuosas, que podem ser observadas com apreensão.

APLICAÇÃO: a humanidade não pode controlar as dificuldades da vida, mesmo quando estas são antecipadas, e porque freqüentemente eventos inesperados sobrevêm.

V. 4 - O Pregador adverte, a ação, usando, uma ilustração da vida agrícola. O fazendeiro enfrenta diversos tipos de dificuldade, não podendo esperar uma ocasião mais propícia para lançar a semente. “A falta de informações completas não é desculpa para a inatividade”  (Jones).

V. 5 – A melhor  interpretação:
"Assim corno você não sabe o caminho do vento. nem como os ossos se formam no útero...” (adotada pela RV e NIV);

Neste ponto, em seu apelo final, o Pregador insiste simplesmente num fato: certos aspectos das obras de Deus, na terra, desafiam-nos e permanecem sem explicação.

V 6 - O Pregador tira suas conclusões. Se não estivermos certos a respeito de qual. esforços produzirão resultados proveitosos a abordagem correta da vida será entregar-nos a responsabilidades à muito, e aguardar o fluxo de acontecimentos. A vida de fé que conduz à alegria e satisfação não proporciona conhecimento infalível do futuro. O Pregador dispõe de uma doutrina da providencia, a qual não é uma "constante calma e isenta de tensão" .

De modo negativo, o Pregador prevê alarme, advertindo-nos quanto à nossa ignorância e às dificuldades que virão; de modo positivo, ele nos encoraja à diligência infatigável.

O versículo todo é uma ilustração tirada da agricultura; As preposições do hebraico, melhor traduzidas por "pela manhã. .. até à tarde" referem-se simplesmente ao trabalho que se fez durante um dia inteiro (if. SI 104:23).

Em Mateus 13.13, lemos: "Eis que o semeador saiu a semear...".

Quero que você tenha a consciência de que é um SEMEADOR. Um semeador que Deus está preparando para algo muito grande.

Observe:
Deus compara-se a um semeador:
"Semearei a casa de Israel e a casa de Judá com a semente de homens e com a semente de animais" (Jr 31:27). Que persistente e abundante ele é! Tanto no reino natural como no espiritual, Deus opera majestosamente só; e como semeador, é infatigável em sua tarefa.

Cristo é também um semeador.
O Mestre compara-se e proclama-se O Semeador. Ele não veio "do depósito da infinita beneficência, sabedoria e vida, para semear nessa terra sementes vivas da verdade, santidade e gozo - sementes da lei que produzirão convicção, e sementes do evangelho que produzirão gratidão compreensiva, gozo e amor?" Ele não surgiu como o grande Mestre, o Apóstolo divino do evangelho?

O Espírito Santo é um semeador.
É ele quem inspira os semeadores, e rega a semente plantada. "O Espírito, como o vento, sopra onde quer, e cada fôlego do Espírito divino é uma Palavra de Deus". Semeando para o Espírito, sabemos o que é ter o nosso espírito tocado e estimulado, para espalhar a semente. Desde que Cristo, o Semeador divino, ascendeu ao céu, pelo seu Espírito, ele continua seu ministério por meio de seus filhos redimidos".

Todo cristão deve ser um seme­ador.
Ao comissionar os seus, Cristo falou dos corações dos homens como um campo, e seu evangelho como a semente a ser espalhada por toda parte. "Ide, e fazei discípulos de todas as nações" (Mt 28:19,20; Mc 16:20). O que ele começou a ensinar, seus apóstolos deram continuidade (At 1:1).

É também privilégio e obrigação de todos que são de Cristo agir como semeadores.

Aliás, em comparação com a vastidão do campo, os semeadores são poucos! Nosso Pai celestial, o Agricultor, exortanos a orar, para que ele envie mais semeadores ao seu campo. Todos, não apenas pregadores e professores, podem ser semeadores.

O maior serviço que qualquer cristão pode realizar, é semear a boa semente da Palavra, pela da vida, pelos lábios e pela literatura. Palavras e ações são sementes que caem no solo dos corações.

O Semeador vai lançar a semente, qual a semente?
A semente a ser semeada, é apresentada de duas maneiras, a saber: "a palavra do reino" (Mt 13:19) e "a palavra de Deus" (Mt 5:19; Lc 8:11). Todas as sementes devem ser semeadas.

O Semeador vai encontrar solos difíceis,mais não pode desistir.

4 TIPOS DE  SOLOS.
A atenção é focalizada não no semeador ou na sua semente, mas no solo e sua reação à semente plantada.

1. Ouvinte à beira do caminho, ou o ouvinte com a mente fechada.
Esse tipo recebe a semente pelo ouvido, mas não a deixa frutificar. A semente está na superfície e não sob o solo. Temos aqui uma superfície dura, destituídos de percepção espiritual. Tais podem ser religiosos e assíduos à igreja, mas a verdade recebida nunca satisfaz a alma, com um temor profundo. A verdade foi "pisada" pela "roda dos negócios e dos prazeres". Não toma posse, porque o coração é como uma rodovia cuja superfície é dura, e nada pode marcá-la. A semente não pode penetrar e germinar; então é comida pelas "aves", agentes do "maligno". A verdade não tomou posse, pois a dura crosta da negligência impediu a sua recepção. Quando a Palavra é entendida e recebida pela fé, fica fora do alcance de Satanás.

2.  Ouvinte do terreno pedregoso, ou o ouvinte com a mente emocio­nal.
A semente é recebida, mas não cria raízes. A semente foi lançada ao solo, está no solo, mas não está sob o solo. Temos aqui uma pessoa entusiasmada, bem conhecida daqueles que pregam o evangelho. Sua adesão à verdade é apenas superficial; e sua fé, muito frágil. Tais pessoas não sabem o que é nascer de novo pela semente incorruptível. "Não têm raiz em si mesmas". As impressões são transitórias, e quando surgem tentações e perseguições, logo se desviam. Faltam-lhes a profundidade na fé e no caráter. E significativo que um caráter superficial esteja conectado ao coração endurecido.

O lugar pedregoso era onde havia apenas uma fina camada de terra, e abaixo dessa camada era pedra dura e impenetrável. Há muitos desses corações pedregosos nas igrejas. Que bênção seriam eles se fossem profundos!
3. Ouvinte do terreno espinhoso, ou o ouvinte com a mente inconstan­te.
Nesse caso a semente lançou raízes mas não produziu frutos. A semente caiu ao solo, está no solo e sob o solo, mas não germina. E sufocada e tipifica a pessoa preocupada. A semente se apossa, mas essa posse é disputada por um tríplice antagonismo. São permitidas forças contrárias à natureza da semente.

Os cuidados desse mundo sufocam. Uma atenção ansiosa e inquietante aos negócios dessa vida presente sufoca a semente. Uma lista de interesses legítimos passa a dominar a vida, em que a religião é apenas mais um departamento de uma vida profundamente dividida.

A sedução das riquezas.
Nesse caso, são as riquezas acumuladas como fruto de cuidados mundanos e ansiedade. Cristo não diz que cristãos prósperos não produzem frutos, mas que não produzem com perfeição (Lc 8:14). "Quão dificilmente entrarão no reino dos céus os que con­fiam nas riquezas".

As demais ambições. Essa expressão pode ser traduzida por "prazeres desta vida". Prazeres inocentes em si mesmos, os quais a prosperidade mundana proporciona a quem a ela se entregar, e sufocam a semente. Gasta-se muito tempo com os prazeres, e só poucas horas para as coisas espirituais. No começo da fé cristã houve crescimento e a promessa de fruto, mas outras preocupações impediram que os frutos amadurecessem.

4.O Ouvinte da Boa terra, ou o ouvinte de mente firme e compreensiva.
Por ter raízes profundas, houve muito fruto. A semente estava no solo, sob o solo, dentro do solo e acima do solo. A semente apossou-se por completo. Penetrou em toda a alma e encheu a mente, o coração, a consciência e a vontade. Quando a Palavra é recebida, entendida e obedecida, produz fé segura em Cristo, e serviço que glorifica a Deus e beneficia aos outros. Esse último solo é o reverso dos outros três. Por isso, a semente lança raízes, não perde facilmente a umidade, e então a seiva e a energia dão vida à planta que, subseqüentemente, cresce.

A semente produz fruto, na proporção em que é permitida possuir o "coração honesto e bom" (Lc 8:15). Se a semente produz fruto com "paciência", ou continua "perseverando até o fim", em contraste com as que "sufocaram" a Palavra, então a semente semeada cumpriu sua missão.

Onde estão os semeadores desta igreja?
Vai encontrar os 4 tipos de solos.
Mas não tenha medo pois o Senhor é contigo.


Que Deus te abençoe!

Ministro Carlos Carvalho


Autor: Pr Jonas Neto

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